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domingo, 3 de junho de 2007
Poesia serve pra quê
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A monotonia da desgraça
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A portuguesinha
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até o Sol desaparece
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belezas irreparáveis
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cada vez que o Sol nasce
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comprei um terreno na lua
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conceito maluco
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Dando linha na calda da lavadeira
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Dormi dentro de você
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é coisa pessoal da pessoa
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Escada rolante parada
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espelho rachado no defeito
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estore
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eu morro um dia
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Eu não queria sair de lá
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Humilde Nobreza
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juras de falsidade
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lama rosa
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Lego
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Mais próximo do que perto
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Manel Berra-boi
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meu cérebro não aceita
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meu ego não gosta de mim
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mudanças de palavras para trás
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na minha vida tudo é quase
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Nada é como se quer
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não vou ao meu enterro
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nas pedras da lua
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no futuro do presente
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o que eu faço por dinheiro ?
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pantera africana
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portal para a segunda realidade
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Que morra o amor
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quero voltar a ser esperma
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Recital da Burguesia
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sai desse corpo que não te pertence
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sinceridade virou defeito
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verde fruto ressecado
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