segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Até o Sol desaparece

Queria viver respirando o mar
Andar a noite de bicicleta
Leva meu neto na garupa
Desenhar corações e flechas
Olhar as formigas com lupa
Guardar no caderno as mechas
Dar pão aos pombos e peixinhos
Catar tatuí na areia da praia
Conversar sentado na sandália
Antes que o horizonte caia
Pois quem recorda não avança
E beleza é para os olhos
Não para as crianças।

Sei que não tive coração na juventude
E
Sem amigos, mulher, filhos e doente...
Somente depois de velho pude
Declarar minha fé
E mesmo que eu mude
Arrependimento não é
E sim um falso orgulho que ilude
E só vai acabar
Quando eu não estiver mais de pé

E bem aqui dentro
A melancolia dessa tarde
é pelo que a vida me deu।

Foi pouco...mas foi meu.