Engolir o cuspe escarrado
Pedalar ao contrário
Trocar de família
Colar o que fi serrado
Fazer um parto no fraldário
Morar sozinho no outro lado da ilha
Pedir perdão sem estar errado
Pecar no paraíso do inferno
Tirar o sorriso do palhaço
Da juventue a audácia
E do cigarro a fumaça que hiberno.
Maquilar as olheiras do cansaço
Desmanchar o terço da beata
Fugir sem ter culpa
Descasar da esposa ingrata
Como Cristo amar quem insulta.
Quero voltar pra dentro da barriga
Ou pro saco perto da bexiga.
Não sei o que eu tô fazendo aqui fora
Vocês me invejam
E o público me adora.